O que será de 2010?

FIA confirma novas regras para próxima temporada

Após as radicais mudanças para este ano, a Federção Internacional de Automobilismo, FIA, declarou algumas novas regras já para 2010. Continuando com o mesmo pensamento, a federação quer diminuir mais ainda os gastos que a luxuosa Fórmula 1 possui. Para o próximo ano, as equipes poderão gastar no máximo 40 milhões de libras. Este valor vale somente para os motores, não incluindo marketing e hospitalidade, testes, programa de jovens pilotos, multas ou outras penalidades impostas pela FIA. Com esse teto orçamentário, a FIA espera 13 equipes para o ano que vem. Essas equipes devem se inscrever entres os dias 22 e 29 de maio. A Federação divulgará a lista de equipes e pilotos de 2010 no dia 12 de junho deste ano.

Com essa nova regra, deve ser criada uma comissão de custos para fiscalizar as equipes.

A segunda mudança afim de economizar é a proibição do reabastecimento durante a corrida na temporada de 2010. A terceira mudança é a proibição dos cobertores de pneus. Se essas mudanças realmente acontecerão e trarão resultados positivos, só aguardando para ver, já que a FIA muda as regras do jogo quando você menos espera. A divulgação completa encontra-se no site da própria federação. www.fia.com

GP do Bahrein - No deserto só deu Button

Inglês ganha a terceira e dispara na tabela!

A corrida do Bahrein era para mostrar realmente quem está mandando no campeonato. Pista seca, circuito com longas retas e pontos de ultrapassagens. Um calor que batia os 50 graus na pista. Sendo assim a primeira fila da Toyota no grid de largada mostrava que a BrawnGP não era imbatível, porém os tanques de gasolina estavam bem diferentes. Trulli e Glock somente com o bafo da gasolina, Button e Vettel mais pesados. No meio dessa loucura a McLaren de Hamilton que já está bem acordada e louca para subir no pódio novamente. Na largada Hamilton usa bem o KERS e consegue ganhar a posição de Button, mas o inglês da Brawn retomaria sua posição logo na próxima volta. Trulli perde a posição para Glock. Um pouco mais atrás um sanduíche que muitos brasileiros não gostariam de ter visto. Rubens Barrichello, Felipe Massa e Kimi Raikkonen. Os dois brasileiros se respeitaram como se fossem de uma mesma equipe e até “deixaram” Kimi escapar, mas no final, quando tudo parecia que ninguém ia se tocar. O pneu traseiro direito de Raikkonen toca no bico de Massa forçando o brasileiro a tirar o pé e ainda entrar nos boxes para trocar o bico quebrado. Como se já não bastasse, o sistema de telemetria e o KERS de Massa não estavam funcionando, sendo assim o brasileiro passou mais uma corrida sem pontuar. Depois da primeira rodada de pit stop, Jenson Button assumiu a ponta e não largou mais. Ruim para Rubens Barrichello que voltou atrás do lento Nelson Piquet e demorou três voltas para conseguir a ultrapassagem já que Nelsinho utilizou o sistema de recuperação de energia pela primeira vez e disparava na reta. Com a corrida completamente danificada pelo tempo perdido atrás de Nelsinho, Ross Brawn optou por uma estratégia diferente. Rubens que voava na pista e grudou em Hamilton que tinha logo a sua frente Vettel e Trulli nas posições de 2°, 3° e 4° recebeu a ordem de entrar nos boxes. Se tratando de Ross Brawn, ninguém entendeu a estratégia, mas todos pensaram: Vai dar certo! Não deu, e Rubens voltou no mesmo quinto lugar depois de sua terceira parada, mas muito distante de Hamilton, Vettel e Trulli. Por um pouco Barrichello não foi parar em sétimo por que saiu dos boxes em cima de Kimi Raikkonen e Timo Glock que brigavam pela sexta posição. A Ferrari marca três pontos com o sexto lugar de Kimi, mas também marca o seu pior início de campeonato desde quando estreou na categoria em 1951 quando marcou 4 pontos nas quatro primeiras provas.

A etapa européia começa agora, qual será a desculpa da Ferrari? Destaque para Lewis Hamilton que conseguiu um ótimo quarto lugar para o carro que tem. Zero para BMW que amargou as duas últimas posições com Kubica e Heidfeld.

Button e BrawnGP disparam no campeonato e aguardam o GP da Espanha tomando chá e pensando em que Adrian Newey pode arrumar para a cabeça deles.

GP da China - Dilúvio e Vettel, a dupla infalível

Alemão abre a lista de vitórias da RBR

Em 2008 Sebastian Vettel conquistou sua primeira vitória no histórico GP de Monza debaixo de muita chuva e fez uma corrida impecável saindo na pole e dominando de ponta a ponta.

Além de ter se tornado o mais jovem piloto a subir no lugar mais alto do pódio, Vettel conseguiu a primeira e única vitória até o momento da Scuderia Toro Rosso.

Em 2009, em um campeonato completamente diferente, um fato se manteve. Antes da corrida na China a protagonista do GP da Malásia voltou. A chuva!

Sebastian Vettel largou na pole e conquistou a primeira vitória da equipe Red Bull Racing e sua segunda debaixo de muita chuva.

A largada foi dada com o safety car e depois de 8 voltas atrás do carro de segurança os carros partiram finalmente para a corrida.

Fernando Alonso que largou em segundo teve sua estratégia mudada erroneamente fazendo sua primeira parada uma volta antes do safety car deixar a pista e foi para o final do pelotão, sendo assim a briga ficava entre Vettel, Webber, Barrichello e Button.

Rubens ficou as primeiras 19 voltas sem um disco de freio e errou perdendo a posição para seu companheiro de equipe.

Porém o domínio do BGP001 se foi com a chuva. Jenson Button também não rendia o esperado e foi ultrapassado por Mark Webber.

O domínio Red Bull era tanto que depois da parada de Vettel, o alemão conseguiu chegar em Jenson Button e ultrapassá-lo sem tomar conhecimento.

Vettel impecável cruzou a linha de chegada em primeiro seguido por Mark Webber formando assim a primeira vitória e dobradinha da Red Bull Racing depois de 74 grandes prêmios disputados. Equipe essa que nasceu do espólio da equipe Jaguar.

Rubens Barrichello depois de ter problemas no começo da prova conseguiu ainda cravar a volta mais rápida da prova em 1min52s592 na 42ª volta. No final da corrida ainda aguentou a pressão de Heikki Kovalainen que finalmente terminou uma prova e na zona de pontuação na frente de seu companheiro Lewis Hamilton.

O atual campeão mundial mesmo com um carro a desejar conseguiu fazer uma boa prova, porém poderia ter conseguido muito mais não fossem os seus passeios fora da pista.

Destaque para Timo Glock que largou na 19ª posição e ainda marcou dois pontinhos.

Zero para Sebastien Bourdais e Nelson Piquet que viram o circuito de Xangai girar e girar e girar.

Lambança de Robert Kubica que acertou em cheio a trazeira da Toyota de Jarno Trulli antes da curva para a entrada da reta dos boxes relembrando o acidente de David Coulthard (Mclaren) e Michael Schumacher (Ferrari) na Bélgica no ano de 1998 também debaixo de muita água.

Felipe Massa em ótima atuação na chuva mais uma vez não terminou a prova com problemas elétricos na sua Ferrari e Kimi Raikkonen terminou em décimo sendo ultrapassado quatro vezes por Lewis Hamilton.

Com esse resultado a Ferrari iguala ao seu pior resultado desde 1981 quando Didier Pironi e Gilles Villeneuve também não pontuaram nas três primeiras etapas do campeonato.

GP da Malásia - Faça chuva ou Faça Sol

Button vence mais uma, mas só leva metade!

Em 805 corridas disputadas oficialmente como Fórmula 1, a categoria só tinha visto 4 corridas terminarem antes de completar dois terços da prova. Depois do Grande Prêmio da Malásia, o número subiu para 5. A primeira corrida interrompida antes dos 75% de prova foi em 1975, no GP da Espanha, a segunda foi no mesmo ano na Áustria. A terceira, mais marcante para os brasileiros, foi em Mônaco no ano de 1984 quando Ayrton Senna e sua Toleman davam um show particular na pista. Em 1991, mais uma vez Senna. O tricampeonato já estava conquistado uma corrida antes, portanto era só cumprir tabela em Adelaide. A corrida durou apenas 24 minutos com 14 voltas e se tornou a mais curta da história. Na Malásia, o ocorrido já estava previsto. A corrida começou com pista seca e muito agitada. Jenson Button que largou na pole perdeu três posições e Nico Rosberg que largou em quarto assumiu a ponta. Trulli manteve o segundo lugar e Glock que estava em terceiro foi para o meio do pelotão. A confirmação do bom resultado do KERS apareceu logo na largada quando Fernando Alonso que largou em décimo e Kimi Raikkonen em nono estavam em terceiro e quinto depois da primeira curva. Button conseguiu recuperar a posição de Alonso rapidamente, porém Rubens Barrichello encontrou seu carma. Alonso mais Renault mais KERS igual a emoção. A briga dos dois rendeu durante 5 voltas até que Rubens tomou um X na entrada da reta dos boxes e no final dela aplicou o bote no espanhol. Um festival de ultrapassagens aconteceram até que as nuvens que rondavam o circuito começaram a deixar cair algumas gotas. Não bastasse o erro de sábado com Felipe Massa, a Ferrari acabou com a corrida de Kimi Raikkonen colocando os pneus de chuva pesada muito cedo e quando ela caiu o pneu do finlandês já não era mais pneu. Os que já tinham parado voltaram para os boxes e colocaram pneus de chuva extrema, mas ela ainda demorou um pouco a cair. Esperto foi Timo Glock que desta vez acertou na escolha de pneus e colocou o intermediário, passando a andar muito mais rápido que seus concorrentes. Nick Heidfeld também colocou os pneus intermediários e enquanto os seus adversários faziam a terceira ou quarta parada, ele tinha feito somente uma e na hora certa com escolha certa. Rubens sofreu mais uma vez com o único problema da Brawn, as paradas no boxes. Por duas vezes o brasileiro entrou nos pits na frente de Jarno Trulli e quando voltou para pista estava atrás do italiano. Depois de algumas voltas em chove não molha, molhou! E então não se via mais nada, absolutamente nada. A corrida foi interrompida e os carros parados na reta dos boxes. Como 75% da prova não foi completada, os pontos valem somente a metade. A reclamação ficou por conta dos pilotos que não tinham visibilidade nenhuma e reclamaram do horário da corrida. Bernie Ecclestone mudou o horário da prova para fins lucrativos, visando aumentar a audiência na Europa.

Escândalo na Fórmula 1

Martelinho tenta ajudar e só atrapalha!

As novas regras da categoria fizeram com que a primeira etapa do calendário fosse realizada com muita adrenalina, porém algo vem acontecendo e não é de hoje, ESCÂNDALOS. No final da corrida, devido a batida entre Robert Kubica e Sebastian Vettel, o safety car foi acionado e causou o grande problema. Os envolvidos são Jarno Trulli da Toyota, Lewis Hamilton da McLaren e claro a FIA. Trulli terminou a prova na terceira colocação e Hamilton em quarto, mas uma lambança e uma falta de comunicação acontece faltando uma volta para o final. Ao final da prova a FIA ( Federação Internacional de Automobilismo ) pune Jarno Trulli com 25 segundos por ter ultrapassado Hamilton em bandeira amarela. Já na Malásia a mesma federação decidi devolver a terceira posição para Trulli e desclassificar Lewis e a McLaren da primeira etapa alegando que a equipe tentou enganar a comissão de prova. Entenda o que aconteceu! Na penúltima curva Jarno Trulli escapou e foi parar na grama, provavelmente por estar com pneus e freios com baixa temperatura, e Lewis que estava logo atrás o ultrapassa. O italiano consegue voltar a pista. Logo em seguida, o mesmo acontece com o outro carro da Toyota, Timo Glock escapa na mesma curva e só não é ultrapassado pois Vettel, sem bico e com uma suspensão quebrada, estava segurando uma legião de carros. O fato é que nessa escapada do italiano, Lewis tomou a decisão de ultrapassá-lo. A McLaren pelo rádio informa que ele precisa ter certeza sobre a posição do safety car na pista e depois de definida a posição ele não deve mais ultrapassar. Rádio McLaren: Ok, Lewis. Você precisa ter certeza sobre a posição do safety car na pista. Depois de definida a posição do safety car, não ultrapasse. Não ultrapasse. Ai encontra-se o primeiro erro. Quem deve saber da posição do safety car é a equipe e então informar ao seu piloto que o carro de segurança já está na pista e ele não pode realizar nenhuma ultrapassagem. Logo após Hamilton pergunta: Lewis Hamilton: Uma Toyota saiu da pista na curva dois, confirma? McLaren: Entendido, Lewis. Vamos checar e te chamamos. Lewis novamente afirma Lewis Hamilton: Ele (Jarno Trulli) saiu da pista. Ele espalhou demais. Sem saber da conversa entre Mclaren e Charlie Whiting, diretor de prova, fica difícil analisar, porém a equipe realiza uma grande trapalhada, além de demorar a passar alguma informação ao piloto, a equipe passa duas ordens diferentes. McLaren: Lewis, você tem que deixar a Toyota passar. Deixe a Toyota te passar agora. Logo após a equipe diz para o piloto se manter a frente. Lewis afirma que já o deixou passar e então a equipe diz que tudo bem, fique aonde está. A punição a Hamilton é motivada pelo falso testemunho. Logo após a chegada aos boxes Hamilton dá uma entrevista à imprensa dizendo que recebeu a ordem para deixar o piloto da Toyota passar porém quando chamado pela direção de prova, Hamilton e McLaren omitiram esta informação. A equipe McLaren reconheceu que Dave Ryan, diretor esportivo que compareceu a reunião com os comissários, não foi honesto e já o suspendeu do time. Martin Whitmarsh, chefe da McLaren, se diz envergonhado pelo ocorrido e que faltou honestidade da parte do piloto e do diretor para com a comissão de prova. Em entrevista coletiva já na Malásia, Lewis Hamilton pede desculpas e diz que não é um mentiroso nem desonesto.

E mais uma vez, o martelo da FIA

No pódio da corrida da Austrália estavam Jenson Button, Rubens Barrichello e Jarno Trulli. Logo após o final da prova, os comissários puniram o piloto italiano da Toyota com 25 segundos por ter ultrapassado Lewis Hamilton quando o safety car estava na pista. Sendo assim o inglês conseguiu um pódio que nem ele imaginava. Porém hoje na Malásia, a FIA retirou a punição ao Trulli e desclassificou o campeão mundial e sua equipe da primeira etapa do campeonato. Trulli, após sair da pista, tinha perdido a terceira posição para Hamilton em bandeira amarela e por isso ultrapassou o inglês obviamente em bandeira amarela para recuperar sua posição. A FIA no entanto entendeu que Hamilton e a McLaren tentaram enganar a direção de prova e por isso foram desclassificados. A Mclaren lançou uma nota dizendo que não irá recorrer, porém os depoimentos de equipe e piloto são contraditórios. Está na hora da McLaren parar de se envolver em situações que estão acabando com a imagem da equipe. Não se esqueçam de espionagem,chantagens e reclamações sem fundamentos.