GP da Malásia - Faça chuva ou Faça Sol

Button vence mais uma, mas só leva metade!

Em 805 corridas disputadas oficialmente como Fórmula 1, a categoria só tinha visto 4 corridas terminarem antes de completar dois terços da prova. Depois do Grande Prêmio da Malásia, o número subiu para 5. A primeira corrida interrompida antes dos 75% de prova foi em 1975, no GP da Espanha, a segunda foi no mesmo ano na Áustria. A terceira, mais marcante para os brasileiros, foi em Mônaco no ano de 1984 quando Ayrton Senna e sua Toleman davam um show particular na pista. Em 1991, mais uma vez Senna. O tricampeonato já estava conquistado uma corrida antes, portanto era só cumprir tabela em Adelaide. A corrida durou apenas 24 minutos com 14 voltas e se tornou a mais curta da história. Na Malásia, o ocorrido já estava previsto. A corrida começou com pista seca e muito agitada. Jenson Button que largou na pole perdeu três posições e Nico Rosberg que largou em quarto assumiu a ponta. Trulli manteve o segundo lugar e Glock que estava em terceiro foi para o meio do pelotão. A confirmação do bom resultado do KERS apareceu logo na largada quando Fernando Alonso que largou em décimo e Kimi Raikkonen em nono estavam em terceiro e quinto depois da primeira curva. Button conseguiu recuperar a posição de Alonso rapidamente, porém Rubens Barrichello encontrou seu carma. Alonso mais Renault mais KERS igual a emoção. A briga dos dois rendeu durante 5 voltas até que Rubens tomou um X na entrada da reta dos boxes e no final dela aplicou o bote no espanhol. Um festival de ultrapassagens aconteceram até que as nuvens que rondavam o circuito começaram a deixar cair algumas gotas. Não bastasse o erro de sábado com Felipe Massa, a Ferrari acabou com a corrida de Kimi Raikkonen colocando os pneus de chuva pesada muito cedo e quando ela caiu o pneu do finlandês já não era mais pneu. Os que já tinham parado voltaram para os boxes e colocaram pneus de chuva extrema, mas ela ainda demorou um pouco a cair. Esperto foi Timo Glock que desta vez acertou na escolha de pneus e colocou o intermediário, passando a andar muito mais rápido que seus concorrentes. Nick Heidfeld também colocou os pneus intermediários e enquanto os seus adversários faziam a terceira ou quarta parada, ele tinha feito somente uma e na hora certa com escolha certa. Rubens sofreu mais uma vez com o único problema da Brawn, as paradas no boxes. Por duas vezes o brasileiro entrou nos pits na frente de Jarno Trulli e quando voltou para pista estava atrás do italiano. Depois de algumas voltas em chove não molha, molhou! E então não se via mais nada, absolutamente nada. A corrida foi interrompida e os carros parados na reta dos boxes. Como 75% da prova não foi completada, os pontos valem somente a metade. A reclamação ficou por conta dos pilotos que não tinham visibilidade nenhuma e reclamaram do horário da corrida. Bernie Ecclestone mudou o horário da prova para fins lucrativos, visando aumentar a audiência na Europa.